< Previouscourt, permeable brick pavers allow for water infiltration. A large brick sculpted planter wall draped with Octopus Cacti Stenocereus alamosensis separates the entry courtyard and auto court. Floor-to-ceiling glass windows generously bring the garden views into the house and make indistinct the line between indoor and outdoor. Most specimens can thrive on rainwater alone after establishment, require no fertilizer, little to no pruning, and conversely provide a rich and lively habitat for a multitude of wildlife. The small citrus grove, one of Arizona’s five ‘Cs’ (Cotton, Citrus, Copper, Cattle, Climate) boasts different cultivars of citrus trees, da Índia forma uma berma que retém os solos à entrada da garagem e protege a casa. Na entrada a pavimentação de tijolos permeáveis permitem a infiltração de água. Uma grande parede de plantação de tijolos esculpida com Octopus Cacti Stenocereus alamosensis separa o pátio de entrada e o pátio de automóveis. Janelas de vidro do chão ao teto, trazem as vistas generosas do jardim para dentro da casa e tornam indistinta a linha entre o interior e o exterior. A maioria dos espécimes pode prosperar apenas com a água da chuva após a sua estabilização, não requerem fertilizantes, pouca ou nenhuma poda e, inversamente, fornecem um habitat rico e animado para uma infinidade de 71 each providing sensory enjoyment when in bloom; their bountiful fruit is donated to local homeless shelters. The Sonoran Desert is the wettest desert on Earth. It is characterized by this due to a large number of rains it receives during the monsoons and winter months. The desert receives under eight inches of rain annually. Due to the lack of water in Arizona, it is important to capture all rainwater as a source of supplemental irrigation. The center core (Ghost Wash), flanked by two tumbled brick building bars of the residence, is an infrastructure amenity, utilizing all the stormwater captured by the massive floating roof. Cascading terraces animais selvagens. O pequeno pomar de citrinos do Arizona possui diferentes cultivares de árvores cítricas, cada uma proporcionando prazer sensorial quando em flor e os seus frutos abundantes são doados para os sem abrigos locais. O deserto de Sonora é o deserto mais húmido da Terra. Caracteriza-se por isso devido ao grande número de chuvas que recebe durante as monções e meses de inverno. O deserto recebe menos de 20 cm de chuva anualmente. Devido à falta de água no Arizona, é importante captar toda a água da chuva como fonte de irrigação suplementar. O núcleo central (Ghost Wash), ladeado por duas barras de tijolos, 72 of alternating patio and garden planters create the ‘Ghost Wash’, the third wash running through the site. The last terrace is a steel vessel/cistern holding all the roof water and storing the runoff. Passively releasing the rainwater through small openings in the face of the vessel irrigating the small warm-season grass area and surrounding native landscape. The client initially did not desire grass and felt it was irresponsible in the desert, though they had a young child and wanted her to be active outside during the hotter months, which was a relief during the pandemic. The grass area is watered with an underground watering system and seasonal supplemental water from the monsoon storms. This small turf area plays é uma infraestrutura que utiliza todas as águas pluviais capturadas pelo enorme telhado flutuante. Terraços em cascata com floreiras alternadas no pátio e jardim criam o ‘Ghost Wash’. O último terraço é um vaso/cisterna de aço que contém toda a água do telhado e armazena o escoamento. Libertando passivamente a água da chuva através de pequenas aberturas, de modo a irrigar a pequena área de relvado nos meses mais quentes e a paisagem nativa circundante. O cliente inicialmente não desejava relvado e achava que era irresponsável no deserto. Com uma filha pequena e que gosta do ar livre durante os meses mais quentes, o que foi um alívio durante a pandemia. A 73 a key role in the desert landscape, reducing water runoff and carbon dioxide emissions, as well as mitigating heat. In this central zone, the client desired a low water use eclectic plant palette of unique sculptural cacti and succulents such as rare Boojum trees Fouquieria columnaris, Cereus Peruvianus ‘monstrosis’ var. major 4, and Octopus Cacti Stenocereus alamosensis. These cacti gallery gardens have become enjoyable conversation pieces complementing the sculptural quality of the house. The axial amenity spine (Ghost Wash) terminates at the guest house and pool near the base of the slope. The perimeter of the property was área de relva é regada com um sistema de irrigação subterrâneo e água suplementar sazonal das tempestades de monção. Esta pequena área de relva desempenha um papel fundamental na paisagem do deserto, reduzindo o escoamento de água e as emissões de dióxido de carbono, além de mitigar o calor. Nesta zona central, o cliente desejava uma paleta de plantas ecléticas com baixa utilização de água, catos esculturais e suculentas, como as raras árvores Boojum Fouquieria columnaris, Cereus Peruvianus ‘monstrosis’ var. major 4, e Octopus Cacti Stenocereus alamosensis. As galerias de catos criadas no jardim tornaram-se agradáveis peças de diálogo, 74 restored, re-vegetated, and enhanced to seamlessly blend into the surrounding flora of Camelback Mountain and is populated by species native to the Sonoran Desert creating a resilient landscape that can withstand overtime on little to no water. Between the two restored perimeter washes, opposite the open space, the landscape takes it cue from the native washes where the wildflowers bloom with the extra water harvested from the site. Granite paths with rock salvaged from the site wind between the sculptural Bosque of Ironwood trees and an understory of masses of desert wildflowers and cacti providing an additional buffer from the street thus, anchoring the site. The project demonstrates landscape architecture’s remarkable power to unite the ecological, sensory, and spatial characteristics of a site with its region and create a lasting place of integrity and meaning. The cactus gardens and native landscapes highlight and celebrate complementando a qualidade escultural da casa. A coluna axial (Ghost Wash) termina na casa de hóspedes e na piscina, perto da base da encosta. O perímetro da propriedade foi restaurado, replantado e aprimorado para se misturar perfeitamente à flora circundante de Camelback Mountain e é povoado por espécies nativas do deserto de Sonora, criando uma paisagem resiliente que pode suportar horas com pouca ou nenhuma água. Entre as duas passagens de água restauradas nos perímetros, a paisagem inspira-se nas plantas nativas onde as flores silvestres desabrocham com a água extra colhida no local. Caminhos de granito com rochas recuperadas do local serpenteiam entre o bosque escultural de árvores e um sub- bosque de massas de flores silvestres e catos do deserto, proporcionando assim um amortecedor adicional da rua, protegendo o local. O projeto demonstra o poder notável da arquitetura paisagística de unir as 75 desert morphology and the astoundingly beautiful genus that thrive in our harsh, arid environment. It was expressly the landscape architects hope to set a new paradigm concerning the prevailing landscape customs arid regions throughout the southwest; that this project can be evidence for how a xeric landscape can be more meaningful, sustainable, sensory, and of course more spectacular, whilst positively influencing landscape practices throughout the region. SUSTAINABLE FEATURES • Native, low water to no water use plant palette • Restoration of perimeter washes • Permeable surfaces at the driveway, entry auto court, and garden paths, reducing the heat island affect plaguing the Phoenix metro-valley • 25 different varieties of cacti and native trees were salvaged, protected, and reused on-site • All stormwater is managed on-site; roof rainwater collected, cleansed, and passively used to irrigate plants and turf • Removal of a water-intensive plant palette; replaced with native and low water use cacti, succulents, and shrubs • Drip irrigation is used throughout the entire site; the trees are no longer on an irrigation system and rely on seasonal winter and summer rains for irrigation • Native topdressing was salvaged and stockpiled for reuse in all the planting areas • LED lighting design mindful of Dark Skies Ordinance Technical Info: Michele Shelor, Lead / Colwell Shelor Allison Colwell, Colwell Shelor Darren Petrucci / A-I-R, Architect Mitschele’s, Landscape Contractor & Maintenance Native Resources, Tree & Cactus Salvage Build, Inc., General Contractor Lauri & Eric Termansen, Client características ecológicas, sensoriais e espaciais de um local com a sua região e criar um lugar duradouro de integridade e significado. Os jardins de catos e as paisagens nativas destacam e celebram a morfologia do deserto e o incrivelmente belo que prospera num ambiente árido e hostil. Os arquitetos paisagistas quiseram, de forma expressa, estabelecer um novo paradigma relativamente aos costumes paisagísticos predominantes nas regiões áridas de todo o sudoeste; este projeto pode ser uma evidência de como uma paisagem xérica pode ser mais significativa, sustentável, sensorial e, claro, mais espetacular, enquanto influencia positivamente as práticas de paisagem em toda a região. RECURSOS SUSTENTÁVEIS • Paleta de plantas nativas, com pouca ou nenhuma água • Restauração de percursos de água no perímetro • Superfícies permeáveis na entrada de automóveis e caminhos de jardim, reduzindo o efeito da ilha de calor que assola o vale metropolitano de Phoenix • 25 variedades diferentes de catos e árvores nativas foram recuperadas, protegidas e reutilizadas no local • Todas as águas pluviais são geridas no local; água da chuva do telhado coletada, limpa e usada para irrigar plantas e relva • Remoção de uma paleta de plantas com necessidades de uso intensivo de água; substituída por catos, suculentas e arbustos nativos e de baixo consumo de água • A irrigação por gotejamento é usada em todo o local; as árvores não estão inseridas no mapa da rega e dependem das chuvas sazonais de inverno e verão. • A cobertura nativa foi recuperada para reutilização em todas as áreas de plantio • Projeto de iluminação LED atento à portaria Dark Skies76 PORTUGAL AND (PAU) BRAZIL PORTUGAL E O (PAU) BRASIL Text/Texto: Ingrid Brock | Photos/Fotos: Viver com Gosto e DR THE LARGEST FORMER PORTUGUESE- SPEAKING COLONY, BRAZIL, WILL COMPLETE 522 YEARS OF ITS DISCOVERY ON APRIL 22. IT HAS BEEN A FEW CENTURIES SINCE PEDRO ÁLVARES CABRAL FIRST SIGHTED THE LANDS OFF THE NORTHEAST COAST. Since then, from the epic and beautiful letter of Pero Vaz de Caminha on the natural wonders witnessed in what would be only a part of the immense Brazilian territory, the A MAIOR EX-COLÓNIA LUSÓFONA, O BRASIL, COMPLETARÁ 522 ANOS DO SEU DESCOBRIMENTO EM 22 DE ABRIL. LÁ SE FORAM ALGUNS SÉCULOS DESDE QUE PEDRO ÁLVARES CABRAL AVISTOU AS TER- RAS DA COSTA NORDESTE DO BRASIL PELA PRIMEIRA VEZ. Desde então, a partir da épica e bela carta de Pero Vaz de Caminha sobre as maravilhas naturais testemunhadas PTEN good ideas | boas ideias gi by Ingrid Brock77 history that would intertwine forever these two countrie began. But what does Botany have to do with all this? Certainly more than you can imagine. And we will now explore this discovery of the sixteenth century from the perspective of the exploration of a tree that reached such importance in this narrative, to the point of even serving as inspiration for what would become the definitive name of the largest country in Latin America: Pau Brasil. Well, when they arrived in Brazil, it was not only the tropical climate, the peculiar fauna and even an immense indigenous civilization – of which they had no knowledge – that the Portuguese came across. There was also a tree of thunderous size, exuberant, and, above all: abundant. Whole forests of Paubrasilia echinata, or, Pau Brasil. Native to the Brazilian Atlantic forest, the vastness of this plant reached what in today’s territory covers 8 states, from Rio Grande do Norte to Rio de Janeiro. Thousands of kilometers naquele que seria apenas uma parte do imenso território brasileiro, passou a ser construída a história que entrelaçaria esses dois países, Brasil e Portugal, para sempre. Mas, o que é que a Botânica tem a ver com tudo isso? Com certeza, mais do que se pode imaginar. E vamos agora explorar esse descobrimento do século XVI a partir da ótica da exploração de uma árvore que, atingiu tamanha importância nessa narrativa, a ponto de até mesmo servir de inspiração para o que viria a ser o nome definitivo do maior país da América Latina: o Pau Brasil. Pois bem, quando chegaram ao território brasileiro, não foi só com o clima tropical, a fauna peculiar e até mesmo uma imensa civilização indígena – da qual não tinham qualquer conhecimento – que os portugueses se depararam. Havia ali também uma árvore de porte estrondoso, exuberante, e, principalmente: abundante. Florestas inteiras de Paubrasilia echinata, 78 housed specimens of the tree that can reach up to 15 meters high and belongs to the Fabaceae taxonomic family, that is, it is a legume, grouped in botanical terms together with plants such as pea (Pisum sativum) and bean (Phaseolus vulgaris). Pau-Brasil is a strong wooden tree, dense canopy with bright green leaves and fragrant flowers that occur during the spring and summer, the fruit are brown- colored pods. Its Latin name leaves no doubt, the specific epithet that designates echinata refers to the enormous amount of “acúleos” (an epidermal adaptation of defense such as peaks) that line its trunk and also the fruits. That’s right, to grow and achieve as much reproductive success as Pau Brasil, is always necessary to have an arsenal of defense against predators. In the midst of so much nature preserved for millennia, with so many resources and opportunities, why was Pau Brasil that caught the attention of Portuguese navigators? ou, Pau Brasil. Nativa da mata atlântica brasileira, a vastidão dessa planta atingia o que no território de hoje abrange 8 Estados, desde o Rio Grande do Norte até o Rio de Janeiro. Milhares de quilómetros abrigavam espécimes da árvore que pode atingir até 15 metros de altura e pertence a Família taxonómica Fabaceae, ou seja, é uma leguminosa, agrupada em termos botânicos juntamente com vegetais como a ervilha (Pisum sativum) e o feijão (Phaseolus vulgaris). O Pau-Brasil é uma árvore de madeira forte, copa densa com folhas verdes brilhantes e flores perfumadas que ocorrem durante a Primavera e o Verão, o fruto são vagens de coloração parda. O seu nome em latim não deixa dúvidas, o epíteto específico que designa echinata refere-se a enorme quantidade de acúleos (uma adaptação epidérmica de defesa tal qual os picos) que revestem seu tronco e também os frutos. É isso mesmo, para crescer e obter tanto sucesso reprodutivo como o Pau Brasil é 79Next >