Texto: Luisa Mendes Fotografia: Luisa Mendes e Vasco de Melo Gonçalves
Agosto 2021 foi o mês escolhido para passar uma semana na Dinamarca. Apesar de já ser considerado fim de Verão nos Países Escandinavos, o tempo esteve perfeito para passear na floresta e nos jardins.
A casa Museu de Karen Blixen a escassos 7 kms do local onde ficámos, foi um dos destinos escolhidos. Foi interessante verificar que muitas crianças e jovens já em início de aulas estavam no jardim a ter as suas atividades escolares.
Rungstedlund é a casa onde nasceu a escritora Karen Blixen e para a qual voltou após 17 anos como agricultora em África. Aqui viveu até à sua morte em 1962, e foi aqui que escreveu todos os seus livros.
Conhecemos a Festa de Babette, África Minha e 7 Contos Góticos entre outros, mas sabia que Karen Blixen criou aqui um Santuário para Aves e que está permanentemente aberto ao público?
Rungstedlund está situado nas margens do estreito de Øresund, e atrás da própria casa há 40 hectares de terra que incluem jardim, prado e bosque.
O túmulo de Karen Blixen também pode ser encontrado aqui.
As Acer platanoides e os Prunus padus (Azereiros) são algumas das espécies aqui existentes e Faias com cerca de 250 a 300 anos fazem parte do património natural.
Karen, deixou inclusive diretivas muitos especificas para a gestão do espaço que deve perpetuar esta vocação, nomeadamente: plantar árvores e arbustos da região especialmente de bagas; ajudar os pássaros na nidificação; banir produtos tóxicos e perpetuar um legado de proteção da natureza.
Mais de 200 caixas ninho encontram-se espalhadas e são regularmente inspecionadas pela Sociedade Dinamarquesa de Ornitologia estando referenciadas cerca de 40 espécies diferentes que aqui nidificam.
“Quanto maior a variedade e mais natural for o jardim mais pássaros vai atrair.” KB
Sobre a Casa Museu
A entrada principal do museu situa-se na ala oeste, que anteriormente servia de cocheira, estábulo e palheiro. Após a restauração, a ala oeste contem uma exposição de documentários, biblioteca, a loja do museu e um café.
A antiga casa de Karen Blixen pode ser encontrada no edifício principal. Os quartos, abertos ao público, são quase exatamente como os deixou Karen Blixen e dão uma impressão viva do quotidiano da autora. Alguns dos móveis vêm da fazenda africana, incluindo a cadeira favorita de Denys Finch Hatton e o baú Karen Blixen que foi dado pelo seu mordomo, Farah. Uma pequena sala, que foi transformada numa galeria, é usada para exibir as pinturas da autora, retratos africanos, desenhos a carvão de sua época como estudante na Academia de Arte da Dinamarca e uma série de pastéis recentemente descobertos.
Imperdível é o Filme “África Minha” que retrata de forma precisa a sua vida neste continente.
Saiba mais em: https://blixen.dk/en