23, 30 novembro e 6, 14 dezembro 2017 | Lisboa, CULTURGEST
Em 2017, por razões várias, algumas de natureza excepcional, os fogos florestais em Portugal atingiram níveis inimagináveis, em perdas e danos, incluindo humanas, desinquietando todos os portugueses para este recorrente e dramático problema. Em cima dos acontecimentos muito se disse, escreveu e prescreveu sobre o tema. Muito se exigiu e muito se prometeu.
A Liga para a Proteção da Natureza, passado o tempo de combate e de auxílio, entende oportuno, nos termos da sua missão como associação cívica, de interesse público, debater as razões fundamentais e estruturais que estão na génese da recorrência dos fogos florestais mas também apontar vias e soluções para que a floresta portuguesa seja diferente, mais resiliente, mais sustentável e mais usufruída pela sociedade portuguesa convocando-a, simultaneamente, para um esforço mais solidário e ativo para a sua proteção e valorização.
18H às 20H | CULTURGEST
PROGRAMA
23 NOVEMBRO | A GESTÃO CONTINUA A SER A MELHOR PREVENÇÃO?
A boa gestão florestal é apontada como a melhor prevenção para os riscos de incêndios. Por outro lado, ela é também a única forma de dar mais valor económico e ambiental à floresta. Este Verão muitas propriedades com boa gestão soçobraram aos fogos. Por que razão? Vale a pena gerir? Como? O que deverá ser feito de forma diferente?
Sessão de abertura
Boas-Vindas por representante da Caixa Geral de Depósitos *
Presidente da Liga para a Protecção da Natureza, Tito Rosa
*A confirmar
Moderador VITOR LOURO
Engenheiro Florestal com muita experiência em matéria de Políticas de Gestão e Ordenamento florestal. Autor do Livro “A Floresta em Portugal” obra de sucesso e grande importância para perceber a questão florestal em Portugal (2016).
Participantes
ROSÁRIO ALVES
Engenheira Florestal, Directora Executiva da FORESTIS uma das principais associações florestais do País com vasto trabalho de apoio aos pequenos e médios proprietários do Centro e Norte. Especialista em assuntos de política florestal.
LUIS SARABANDO
Engenheiro Florestal. Responsável da equipa técnica da Associação Florestal do Baixo Vouga, associação que se tem destacado pela promoção das boas práticas de gestão florestal, designadamente, em propriedades de minifúndio.
ANTÓNIO LOURO
Vice-Presidente da Câmara Municipal de Mação. Uma das mais autorizadas vozes na gestão autárquica da prevenção dos fogos florestais, com vasta experiência de terreno e muito ativo da defesa de uma gestão florestal mais ativa e sustentada e no apoio público a soluções que ajudem os proprietários de minifúndio e ou sem capacidades de gestão.
LOCAL – SALA 3
30 NOVEMBRO | RECOMPOR A NOSSA FLORESTA. AS ESPÉCIES CONTAM?
Uma das questões mais repetidas na opinião pública foi o apontar recorrente dos eucaliptos, sobretudo, e dos pinheiros como uma das causas mais importantes dos fogos. Em contraponto muito se falou de “espécies autóctones”, “árvores bombeiras” e outras designações. Urge diversificar a nossa floresta por razões de valoração da riqueza ambiental e económica e também para minimizar riscos. Mas poder-se-á fazê-lo com base em preconceitos ou informação menos adequada? Que fazer? Como gerir expectativas e cuidar de rendimentos?
Moderador ANTÓNIO SOUSA MACEDO
Engenheiro Florestal. Exerceu funções de Diretor Geral das Florestas, tem larga experiência como gestor e consultor na área florestal e é Presidente do Colégio de Engenharia Florestal da Ordem dos Engenheiros.
Participantes
JOSÉ MIGUEL PEREIRA
Investigador do Centro de Estudos Florestais do Instituto Superior de Agronomia, um dos maiores especialistas nacionais e com vasto currículo internacional em matéria do estudo e interpretação de fogos florestais e da ecologia florestal.
ANTÓNIO SALGUEIRO
Engenheiro Florestal. É um dos maiores especialistas portugueses de prevenção e combate a fogos florestais. “Homem de terreno” com vasto currículo na intervenção e gestão de fogos liderou o Grupo de Análise e Uso do Fogo que Governos anteriores extinguiram e cuja tipo de ação muito tem sido aplaudido relativamente a corpos de bombeiros de Espanha chamados a intervir neste Verão em Portugal, apesar de existir essa competência e capacidade no nosso país.
DOMINGOS PATACHO
Membro e ativista da QUERCUS, organização não governamental de ambiente. Tem-se destacado pelas intervenções em defesa de uma floresta mais sustentável e tem tecido críticas à expansão dos eucaliptos em Portugal apontando-a como uma das causas que aumenta o risco dos incêndios e a sua dimensão.
LOCAL – SALA 3
6 DEZEMBRO | A LITERACIA SOBRE FLORESTAS E FOGOS. O PAPEL DOS MEDIA.
A comunicação social tem um papel determinante na forma como a sociedade, sobretudo as populações urbanas, pode perceber e agir em matéria de floresta e fogos florestais. Aumentar a literacia por forma a ter uma sociedade mais informada e, por conseguinte, mais atenta e exigente para com os decisores e responsáveis é crítico. Assim como é crítico que os media aumentam o seu próprio grau de conhecimento sobre a questão por forma a minimizarem o risco de divulgarem preconceitos e ideias não verificadas que, de alguma forma, deseducam e não contribuem para a solução.
Moderador JOÃO FILIPE BUGALHO
Engenheiro Florestal. Um dos mais respeitados especialistas em ecologia e conservação da natureza, foi responsável pelo ordenamento da caça em Portugal. É um dos mais antigos associados da LPN sendo atualmente membro suplente da Direção Nacional da Liga.
Participantes
HENRIQUE MONTEIRO
Redator Principal do Jornal EXPRESSO
MANUEL CARVALHO
Redator Principal do Jornal O PÚBLICO
JOSÉ MANUEL FERNANDES
Publisher do Jornal digital OBSERVADOR
LOCAL – SALA 3
14 DEZEMBRO | O ORDENAMENTO É IMPORTANTE. AS OPÇÕES DE DESENVOLVIMENTO DO INTERIOR AINDA O SÃO MAIS!
Os fogos têm vindo a expor as debilidades em matéria de ordenamento do território. Temos muitos planos mas raramente os cumprimos. Depois, temos tido Políticas de Desenvolvimento que tem aprofundado as desigualdades e originado uma crescente desertificação, em todos os sentidos, do interior. Bastará fazer mais planos ou corrigir os existentes ou é urgente mudar as opções de política, designadamente quanto ao investimento público nas áreas rurais e interiores do nosso País. E quanto à floresta? Não estarão em causa muitos dos pressupostos base ou usuais do ordenamento florestal?
Sessão de abertura
Boas-Vindas por representante da Caixa Geral de Depósitos *
Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Miguel Freitas
Presidente da Liga para a Protecção da Natureza, Tito Rosa
*A confirmar
Moderador CARLOS RIO DE CARVALHO
Engenheiro Florestal. Sócio-Gerente da ERENA e Secretário geral da Associação IBERLYNX. Especialista em ordenamento e gestão florestal e também em cinegética sustentável. Vasta experiência em matéria de concepção e gestão prática de planos e programas de gestão e ordenamento florestal e de cinegética.
Participantes
JOÃO GUERREIRO
Ex-Reitor da Universidade do Algarve, Doutorado em Ciências Económicas, especialista em questões de Ordenamento, e Ambiente. Teve a elevada responsabilidade de coordenar a Comissão Técnica Independente, designada pela Assembleia da República, para promover a avaliação das causas dos incêndios e recomendar medidas urgentes e estruturais.
JOÃO CORDOVIL
Licenciado em Economia. Especialista em questões de ordenamento do território e desenvolvimento regional é ainda um vasto conhecedor das questões rurais e da gestão de territórios desertificados. Foi Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo e responsável pela gestão da Herdade da Contenda, um dos ativos públicos mais relevantes na área florestal e da conservação da natureza.
JOÃO PAULO CATARINO
Ex-Presidente da Câmara de Proença-a-Nova tem vasta competência na área florestal e de gestão da prevenção dos fogos, sendo um grande impulsionador do conhecimento e da melhor gestão da floresta no interior. Atualmente é o Coordenador da Unidade de Missão para a Valorização do Interior.
LOCAL – SALA 2
INSCRIÇÕES GRATUITAS E OBRIGATÓRIAS para geral@lpn.pt | 217 780 097 (notícia via LPN)