Artigos Feiras&Festivais/ 22 de Maio de 2020/

O meu Chelsea de 2014, formas arquitectónicas e sentido de comunidade!

Em 2014 assistimos a uma tendência na utilização de plantas de forma mais campestre e menos formal que coabitam com arbustivas podadas de forma contrastante.

Luciano Giubbilei

O design do jardim The Laurent-Perrier da autoria do Italiano Luciano Giubbilei foi criado a pensar na exploração das texturas e formas dos elementos que no seu conjunto refletem um espaço elegante, criativo e pioneiro no espírito dos champanhes Laurent-Perrier, os patrocinadores deste jardim. A composição do espaço é simples e tranquila, com vários detalhes interessantes nomeadamente na justaposição de contrastes, movimento versus estático. O contraste da folhagem arquitetónica e textura da vegetação com o layout formal do jardim é revelador dos elementos que marcam os jardins da autoria deste designer. Os reflexos e fluidez da água criam um elemento de movimento por todo o jardim.
A escultura da autoria da artista Americana Ursula von Rydingsvardb, é uma contribuição importante no sentido da exploração de diferentes texturas expresso em todo o design, uma série de camadas de cedro que criam uma impressionante forma e marcam uma presença. Representa a colaboração entres os champanhes Laurent-Perrier e o YSP (Yorkshire Sculpture Park).

Designer: Luciano Giubbilei Construtor: Crocus.co.uk Categoria: Show Garden Medalha: Ouro “Best Show Garden”

Um dos meus jardins preferidos da edição de 2014 do Chelsea Flower Show foi o Hope on the Horizon Garden de Matt Keightley. Um espaço contemplativo que representa o período de reabilitação pelo qual homens e mulheres passam. Um jardim dedicado a todos os que servem a comunidade e que foram feridos em serviço, fisicamente ou psicologicamente. Blocos de granito simboliza os soldados e a vegetação que os rodeia representa o seu estado psicológico. A viagem neste jardim começa confusa e com vegetação alta e mais selvagem, e ao longo do jardim
vai ficando cada vez mais calma, relaxante e descontraída. No final uma luz ao fundo do túnel lembrando a todos que existe esperança e a reabilitação é mesmo uma viagem.